Estamos vivendo um momento único na história. Pela primeira a humanidade está analisando a possibilidade de adotar o trabalho remoto para grande parte das pessoas que trabalham em escritório.
A combinação de pandemia, isolamento e novas tecnologias e a experiência vivida durante esses dois anos mostrou que, em muitos casos, isso é possível.
Se a pessoa trabalha exclusivamente sentada diante do computador, executando suas tarefas em sistemas que podem ser acessados pela internet, comunicando-se com clientes, colegas e parceiros por e-mail ou aplicativos de bate-papo e realizando reuniões via Zoom ou Teams, não há argumentos contra a possibilidade do trabalho remoto.
Não havia. Um estudo conjunto de Stanford e Columbia levantou um ponto importante.
O Estudo
O estudo foi realizado por Jonathan Levav, da Stanford Graduate School of Business, e Melanie Brucks, da Columbia Business School.
Eles descobriram que equipes presenciais geraram mais ideias do que equipes remotas, trabalhando no mesmo problema.
O estudo foi realizado em duas fases.
A primeira fase foi realizada em um laboratório da Universidade de Stanford, sendo que metade das equipes trabalhou em conjunto pessoalmente e a outra metade trabalhou online.
As equipes presenciais geraram de 15% a 20% mais ideias do que suas contrapartes virtuais.
Na segunda fase, o experimento foi realizado com quase 1.500 engenheiros de uma corporação multinacional espalhada por cinco países da Europa e da Ásia. A motivação também era extra, pois as boas ideias poderiam evoluir para novos negócios para a empresa.
Mais uma vez, as equipes presenciais tiveram 15% a mais de ideias.
Além disso, as ideias também tinham mais originalidade, ou seja, os participantes também eram mais propensos a saltar em direções novas, gerando ideias que eram muito diferentes umas das outras, ao invés de serem apenas pequenas variações do mesmo tema.
O motivo
Os pesquisadores identificaram a razão pela qual as reuniões online geraram menos ideias boas: a restrição provocada pela tela.
Quando as pessoas estão em uma reunião virtual, elas procuram fixar seu olhar na tela porque, caso contrário, podem dar a impressão de que estão olhando para outra coisa e distraídas.
O problema é que ao se concentrarem no estreito campo de visão da tela, o pensamento também se torna mais estreito. Se o campo visual é estreito, sua cognição também se reduz.
Para a geração de ideias criativas, o foco restrito é um problema.
Por outro lado, as pessoas que se encontram pessoalmente obtêm estímulo criativo ao vagar visualmente pelo local em que estão, o que as torna mais propensas a vagar cognitivamente também.
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Conclusão
A principal conclusão é a de que os custos e benefícios de trabalhar remotamente são mais sutis e menos compreendidos do que a maioria das pessoas imagina.
Se vamos manter essa transição para o trabalho remoto, precisamos ser deliberados sobre como gerenciamos o processo. Esse será o desafio gerencial dos próximos anos.
Apesar dessa restrição à criatividade, o resultado do estudo não deve ser interpretado como se as reuniões virtuais não tivessem o seu valor.
Enfim, esse estudo analisou apenas um aspecto das reuniões virtuais. Certamente veremos mais estudos aplicados em outros contextos, como entrevistas de emprego e colaborações em grupos maiores.
Portanto, a verdade é que ainda não sabemos o suficiente para fazer julgamentos estridentes sobre a superioridade de trabalhar remotamente versus pessoalmente. O que o estudo mostrou é que há sutilezas que ainda desconhecemos.
Em outras palavras, é muito cedo para ampliar as conclusões.
Mauro Roberto Martins Junior
CEO – Escola Brasileira de Legal Design
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