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Foto do escritorMauro Roberto Martins Junior

Engatinhando no Legal Design? Leia isso.

O interesse pelo Legal Design tem crescido de forma relevante nos últimos 2 anos e isso é algo muito bom. Inclusive, era algo já previsto lá em meados de 2018, pois todos percebemos que o direito realmente precisava sair do ostracismo.


No entanto, as pessoas interessadas em aprender e aplicar o Legal Design estão sofrendo muito com dois problemas principais, que vou tratar aqui hoje.


Cursos rasos e limitados


O primeiro problema é que essas pessoas têm sido iludidas por cursos rasos, mas que prometem mais do que entregam.


Para quem trabalha com Legal Design de verdade, na prática, sabe que é impossível ensinar ou aprender Legal Design em um workshop de poucos dias.


Eu mesmo, para os cursos que promovo, tenho mais de 100 aulas e sei que posso fazer muitas outras, aprofundando cada vez mais os temas.


Afinal, considerando que o Legal Design de verdade é composto por 5 fases e que, dentro do Legal Design, ainda temos 5 tipos de design, é óbvio que um curso de poucos dias consiga cobrir tudo isso.


E o que acontece?


As pessoas caem no mundo real totalmente despreparadas e, se conseguirem pegar um projeto de Legal Design para fazer, acabam em uma dessas duas situações: (i) ou não consegue entregar; (ii) ou entrega um trabalho raso e mal feito.


Dificuldade de conseguir projetos


Outras pessoas enfrentam um problema diferente. Elas não conseguem nem ao menos fechar um projeto de verdade para trabalharem.


E isso acontece por diversos motivos. Porém, o principal, é que o cliente percebe a fragilidade da formação dessas pessoas e fica inseguro em razão de uma nítida falta de experiência.


Como a maioria dos professores de Legal Design são apenas teóricos, ou seja, não trabalham com isso na vida real, eles não ensinam para os alunos 0s caminhos para superar essa limitação inicial e construir uma base e um discurso que transmita mais confiança ao cliente.


Mais uma vez, a ansiedade de fazer parte do jogo, de surfar a onda do Legal Design, impede essas pessoas de se tornarem profissionais de verdade.


Conclusão


O Legal Design é complexo. Para ser um bom Legal Designer, é necessário estudar bastante e isso leva tempo.


Uma colega me contou recentemente que pegou um problema em uma grande empresa da área de telecomunicações. Um escritório vendia para essa empresa dois modelos de contestação, um com “Legal Design” e um tradicional. O com “Legal Design”, por óbvio, era vendido mais caro. Ela, como analista de dados, percebeu que as contestações com “Legal Design” estavam tendo um desempenho pior do que a contestação tradicional. A conversa com esse escritório foi bem chata.


Contei essa história para te alertar. Um Legal Design mal feito pode trazer problemas para o seu cliente e para você.


Portanto, entenda que esses cursos rápidos são bons apenas para quem nunca ouviu falar do Legal Design e quer ter um primeiro contato com a metodologia. Porém, eles são insuficientes para te formarem como um profissional da área.


Procure cursos mais completos, complemente com outros cursos como cursos de Design Thinking, UX, prototipação, entre muitos outros.


E, por fim, não saia por aí falando que você é Legal Designer se você ainda não realizou um projeto completo, com início, meio e fim, com resultados reais, levantados em interações com usuários de carne e osso.


Quer começar no Legal Design? Comece direito. Estude bastante. Treine. Estude mais um pouco. Desenvolva as habilidades necessárias. Treine. Estude mais. Tenha resultados. Então, comece.


Eu sei que dói. Sei que você queria algo mais fácil. Porém, a sua reputação e a reputação do Legal Design, agradecem.


Mauro Roberto Martins Junior

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